Na manhã desta segunda-feira (9) a promotora Euza Missano falou sobre a ação civil pública devido às propagandas sobre a saúde veiculadas na mídia pelo Governo do Estado. De acordo com a promotora Euza Missano, a última propaganda desrespeita a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. “O MP tem lutado na área da saúde há bastante tempo e, diante das reclamações da população, no caso específico da publicidade, instauramos um processo administrativo e notificamos a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Secretaria de Estado da Comunicação (Secom), buscando a compatibilidade dos efeitos da mensagem publicitária com as acertivas firmadas pelo MP nas ações civis”, explica a promotora durante entrevista a emissora de rádio Jovem Pan.Segundo a drª. Euza Missano, o MP não quer dizer que os depoimentos mostrados no informe publicitário do governo são enganosos, mas o que foi divulgado não condiz com a realidade. “Há falta de materiais básicos e específicos, equipamentos, dificuldades com as escalas de neonatologistas e tudo isso foi contextualizado com a ação civil pública. Será que é importante investir em publicidade institucional e promocional? Há outras prioridades”, ressalta.
Ainda durante a entrevista, a promotora frisou o alcance das propagandas do governo e os efeitos em outros estados. “Como se sente uma munícipe que não tem essa estrutura no estado onde vive e, de repente, vê uma propaganda daquela? A vontade é de vir ter o bebê aqui e, assim, nunca resolveremos o problema da superlotação”, salienta. Para a drª. Euza Missano, muitas pessoas se sentiram feridas com a publicidade do governo. “Fomos cobrados pela própria população para que fossem tomadas providências. Essa propaganda poderia fazer sentido, mas não nesse momento”, finaliza.
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